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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Olhar estranho!!

Olhar ?
Olhar estranho?
Julgar?
Não, isso não.
 Já vivi um bocado para saber que isso não cabe a mim.
Agora olhar com uma interrogação, daí sim, as vezes queremos de forma matriarcal tirar as pedras do caminho dos passantes, mas de nada os ajudaríamos, senão eles por eles mesmo.
Segue um pouco do que digo, do que sinto, do que aprendi por esses anos idos nas palavras de Cora coralina:
 "Eu sou aquela mulher
a quem o tempo muito ensinou.
Ensinou a amar a vida
e não desistir da luta,
recomeçar na derrota,
renunciar as palavras
e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos
e ser otimista.
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar."

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são 
Ridículas. 
Não seriam cartas de amor se não fossem 
Ridículas. 

Também escrevi em meu tempo cartas de amor, 
Como as outras, 
Ridículas. 

As cartas de amor, se há amor, 
Têm de ser 
Ridículas. 

Mas, afinal, 
Só as criaturas que nunca escreveram 
Cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 

Quem me dera no tempo em que escrevia 
Sem dar por isso 
Cartas de amor 
Ridículas. 

A verdade é que hoje 
As minhas memórias 
Dessas cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 

(Todas as palavras esdrúxulas, 
Como os sentimentos esdrúxulos, 
São naturalmente 
Ridículas.) 

Álvaro de Campos, in "Poemas" 
Heterónimo de Fernando Pessoa

Aconchegante!

Saia em tricô, feita em padronagens diferentes de fios, com tonalidades parecidas. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

A verdade

         esta sempre 

                    a amostra 

                             se

       a gente quiser ver.

sábado, 9 de maio de 2015

Mães e filhos!!

Há pouco ouvi, novamente, a fala que criamos os filhos para o mundo, de uma mãezinha de primeira viagem( em seu quinto mês de gestação). Sempre considerei essa expressão objetiva demais, racional ao extremo, porque não é assim que pensava enquanto meus filhos estavam nascendo, enquanto estavam sendo amamentados, enquanto balbuciavam  as primeiras palavras, ensaiavam os primeiro passos,, enquanto os levava para o primeiro dia na escola... e por ai vai. Não é verdade que  os criei  para o mundo, embora não tinha dúvidas de que la na frente eles irão galgar seus caminhos, fazer suas escolhas. Criei meus filhos para serem filhos, pessoas de bem, para te-los  por perto. Criei meus filhos para ter acesso a sua felicidade, ás suas vitórias, ao seu sorriso, ao seu olhar de paz.  Para vê-los fazer suas  escolhas...Sabia que um dia iriam seguir seus caminhos, suas verdades, seus projetos, mas isso faz parte do contexto sem que eu, mãe,tenha me  apossado desse conceito.


Ah, eles vão seguir seus rumos, sim!! Mas "criar filhos para o mundo": essa frase não carrega em sua bagagem o verdadeiro sentido que esta inserido em meu coração. É muito forte,  para  que parta da boca, alma, mente de uma mãe. Ela é pesada  demais. Mãe é puro coração.

ZirleiDias

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
    
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

*Autor: João Cabral de Melo Neto

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015